OBSERVAÇÃO DE GROUS, assim se chamou a atividade organizada pelo Centro de Educação Ambiental do Vale Gonçalinho (CEAVG), da Liga para a Protecção da Natureza (LPN).
Foi na pitoresca vila de Entradas, no concelho de Castro Verde que demos as boas vindas ao grupo de participantes composto por entusiastas e simpatizantes pelo trabalho da LPN.
A tarde destinava-se à observação do Grou-comum (Grus grus), uma ave invernante que viaja desde o norte da Europa até a um dos pontos de paragem em Portugal, a paisagem alentejana para passar aqui a estação do inverno.
Em família, uma vez que o casal se mantém fiel durante o seu período de vida, agrupam-se em grandes bandos aos longo do dia para se irem alimentando e pernoitar em grupo num local com água – barragem/pego.
O grou é uma ave de grandes dimensões, podendo ter um comprimento entre 100 a 130cm, uma envergadura até 240cm e pesar entre 3 a 6,10 kg. A plumagem do adulto tem tonalidades de cinzento e preto. Os juvenis por sua vez têm uma tonalidade parda e rosada.
A sua dieta varia entre cereais, pequenos insetos como os escaravelhos e gafanhotos, pequenos répteis, mamíferos (ratinhos), bolotas e azeitonas, estas ricas em gorduras essenciais.
Após a partilha de informação sobre a espécie, o grupo deslocou-se até à Ermida de Nossa Senhora de Aracelis, situada no ponto mais alto do concelho de Castro Verde, com uma vista panorâmica sobre a paisagem.
Antes de chegar ao ponto principal de observação, houve oportunidade de fazer algumas paragens. Para nosso encanto, avistámos um grupo de mais de uma dezena de abetardas, que calmamente andavam pelos campos a penicar aqui e acolá. De ressalvar a magnífica paisagem que acompanhou o nosso trajeto, constituída por sobreiros, oliveiras e campos agrícolas, onde aqui e ali, bandos de abibes levantavam voo e se deixavam ver.
Chegados ao nosso destino, sem demoras, subimos até à Ermida onde apetrechados com binóculos, Telescópio e máquinas fotográficas iniciámos a nossa procura de aves na paisagem.
O olho atento dos participantes logo identificou um par de bandos de grous que se reuniam junto a pontos de água e que de vez em quando se deixavam ouvir (Ao final do dia, estes grupos dispersos reúnem-se num local comum, por norma procuram um pego para pernoitarem em segurança).
Ao longo da tarde, fomos ainda surpreendidos pela observação de três magníficos exemplares de águia-imperial-ibérica que permaneceram pousados no topo de uma árvore.
Já com o sol a descer, bem à vista de todos, o grupo foi agraciado pelo voo dançante de vários milhafre-real, que ao final do dia se reúnem em bandos para se deslocarem até aos dormitórios.
Assim foi feita a despedida de uma tarde cheia de observações. Do local só ficou uma certeza, a de voltar!
O nosso obrigado a todos os participantes pelo entusiasmo, dedicação e simpatia.
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