Nome comum | Cavalo-marinho-de-focinho-longo
Nome científico | Hippocampus guttulatus
Estatuto de conservação a nível global | Informação Insuficiente (DD)
Estatuto de conservação em Portugal | Informação Insuficiente (DD)
DESCRIÇÃO
Os exemplares de cavalo-marinho-de-focinho-longo podem atingir os 25 cms de comprimento, sendo que as fêmeas são normalmente menores que os machos, em idade adulta. O seu corpo é coberto por prolongamentos ramificados e longos. Tem uma coloração que varia entre o castanho-claro, o cinzento e o amarelo vivo, com numerosos pontos brancos misturados em linhas horizontais.
DISTRIBUIÇÃO
Ocorre principalmente em águas costeiras de baixa profundidade (até cerca de 30 cm), no infralitoral em substrato rochoso ou misto, sendo mais comum nos estuários e zonas adjacentes. Pode por vezes estar associado a zonas com grande quantidade de algas ou pradarias de ervas marinhas.
HABITAT
Esta espécie distribui-se pelo nordeste do Atlântico, entre as ilhas Britânicas e as ilhas Canárias e Marrocos (incluindo os Açores e a Madeira), assim como pelo mar Mediterrâneo. Em Portugal continental, encontra-se de norte a sul, com maior incidência no Parque Natural do Litoral Norte, Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, Reserva Natural do Estuário do Sado e Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. A frente ribeirinha do concelho de Almada é outro local de ocorrência, bem como a Ria Formosa, onde existia a maior comunidade de cavalos marinhos de Portugal, sendo que 90% da população desapareceu ao longo dos últimos 20 anos.
REPRODUÇÃO
Os cavalos-marinhos-de-focinho-longo reproduzem-se entre março e outubro. A fêmea deposita os ovos na bolsa do macho que se localiza acima da cauda. A gestação é feita nesta bolsa onde os ovos permanecem por aproximadamente 21 dias, podendo eclodir até cerca de 600 juvenis.
LONGEVIDADE
Estima-se que esta espécie tenha uma esperança de vida de cerca de 4 a 7 anos.
DIETA
Estes cavalos marinhos alimentam-se de pequenos moluscos, vermes, crustáceos e plâncton que sugam através do seu focinho longo e tubular.
AMEAÇAS
As principais ameaças à conservação desta espécie são a degradação do habitat e o desaparecimento das macroalgas e pradarias de ervas marinhas. Também a pesca acessória/acidental, a apanha ilegal para disposição em aquários e o uso para a medicina tradicional constituem graves ameaças. Na zona da Ria Formosa, a poluição sonora provocada pelos barcos foi identificada como causa de stress, alterando o comportamento respiratório e o metabolismo da espécie. Em Portugal, a captura e retenção de espécies de cavalos-marinhos é proibida desde 2006 e têm surgido alguns projetos de conservação com objetivo de dar a conhecer melhor as espécies, perceber onde se encontram as populações e investir na conservação dos seus habitats.
CURIOSIDADES
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