Nome comum | Águia-caçadeira

Nome científico | Circus pygargus

Estatuto de conservação a nível global | Pouco Preocupante (LC)

Estatuto de conservação em Portugal | Em Perigo (EN)

 

 

DESCRIÇÃO

Ave de rapina migradora, que inverna em África e Ásia e vem à Europa reproduzir-se nos meses de primavera/verão. As suas asas são longas, relativamente ao tamanho do corpo e apresenta um elevado dimorfismo sexual. Os machos são mais pequenos e leves, com uma plumagem cinzenta-azulada e a cauda comprida e negra, enquanto as fêmeas e juvenis apresentam tonalidades castanhas-arruivadas.

 

 

DISTRIBUIÇÃO

Durante o inverno, distribui-se pela África subsariana e no subcontinente indiano e reproduz-se na Europa, norte de África e Ásia norte-central. Em Portugal, nidifica em grande parte do território, em especial na zona este do país – terrenos abertos com searas nas planícies do Alentejo e planaltos serranos do centro-leste e norte.

 

 

HABITAT

A águia-caçadeira ocorre em zonas de cultura cerealífera extensiva ou mosaicos de terrenos cultivados e matos baixos. No norte e centro, prefere matos de urze, tojo ou giesta, searas de centeio e pastagens de montanha. Pode ainda nidificar em sapais e vegetação dunar.

 

 

REPRODUÇÃO

A particularidade desta espécie, que a torna também ameaçada, é o facto de colocar os ninhos no solo, ao contrário da maioria das aves de rapina que nidificam em árvores ou escarpas. Os casais são normalmente monogâmicos, relação de duração sazonal. Os ninhos são construídos pelas fêmeas com matéria vegetal como caules de gramíneas, espigas e restolhos. A fêmea põe 3-5 ovos no final de abril, que incubam durante cerca de 4 semanas. Apenas a fêmea cuida e alimenta as crias.

 

 

LONGEVIDADE

Pode viver até aos 16 anos.

 

 

DIETA

É uma espécie carnívora, alimentando-se de pequenas presas – ortópteros, pequenos répteis, passeriformes, micromamíferos e crias de aves e mamíferos.

 

 

AMEAÇAS

A águia-caçadeira tem vindo a sofrer um declínio acentuado nos últimos anos, principalmente no Alentejo. Sendo que os seus ninhos são feitos no solo, são vulneráveis à ceifa, nomeadamente ao corte precoce das culturas durante a época reprodutora, estando por isso a sua sobrevivência dependente das práticas agrícolas praticadas. A intensificação da agricultura (substituição da agricultura tradicional de sequeiro por monoculturas de regadio), a pastorícia intensiva bem como, por outro lado, o abandono agrícola e consequente crescimento de mato denso, são as principais ameaças à sobrevivência desta espécie. O uso de pesticidas pode também afetá-la, dado que provoca uma diminuição das espécies de que depende para se alimentar.

 

 

CURIOSIDADES

  • Pode também ser chamado de tartaranhão-caçador;
  • Tem muitas semelhanças com o tartaranhão-azulado (Circus cyaneus);
  • O seu género (Circus) está associado aos voos “acrobatas” que faz durante a parada nupcial;
  • É uma espécie que pode ser considerada uma aliada dos agricultores, sendo que elimina pragas como roedores ou insetos.

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