Nome comum | Abelha-mineira
Nome científico | Andrena corax
Estatuto de conservação a nível global | Informação Insuficiente (DD)
Estatuto de conservação em Portugal | Em Perigo (EN)
DESCRIÇÃO
Esta espécie de abelha pode atingir um comprimento de cerca de 11 a 12 milímetros. Tem o corpo preto e pouco peludo, com a maioria dos pelos brancos e apenas alguns pelos mais escuros na parte posterior do tórax. Os machos apresentam também pelos escuros na face.
HABITAT
Esta abelha gosta de habitar em zonas de prados, pastagens naturais e matos de clima mediterrânico particularmente quentes. Inicia a atividade adulta mais a sul a partir de março, e pode estender o período de voo até junho a maiores latitudes ou altitudes.
DISTRIBUIÇÃO
Esta espécie é endémica da Península Ibérica. Embora seja uma espécie relativamente rara, já foram registados indivíduos nas zonas centro, este e sul de Espanha. Em Portugal, há um registo histórico na localidade de Pêra, em Silves, que data entre 1960 e 1976. O Algarve tem uma das faunas de abelhas mais conhecidas do país, e esta espécie em particular voltou a ser detetada, em 2022, numa zona em Tavira.
REPRODUÇÃO
As abelhas do género Andrena, têm apenas uma geração por ano. Após o acasalamento, o macho morre pouco tempo depois. Nas semanas seguintes, as fêmeas formam colocam os seus ovos em solos arenosos, e coletam pólen e néctar para as suas larvas.
LONGEVIDADE
Cerca de 6 semanas, durante a primavera.
DIETA
Alimenta-se de pólen e néctar de plantas com flor.
AMEAÇAS E CONSERVAÇÃO
Na zona do Algarve, supõe-se que as principais ameaças se devem à explosão turística que ocorreu na zona a partir dos anos 60/70, o que levou ao grande aumento das áreas urbanizadas e aldeamentos turísticos.
Atualmente estas pressões urbanísticas mantêm-se na zona, com a gradual ocupação de terrenos baldios, essenciais para a conservação desta abelha. Outros fatores de ameaça são a excessiva circulação de pessoas e viaturas, o estacionamento indevido em zonas de caminhos de terra, pisoteio excessivo sobre habitats sensíveis e também a acumulação de lixo e entulho. As más práticas agrícolas na região do Algarve constituem também uma ameaça, principalmente a criação de zonas intensivas de regadio, como as plantações de abacate.
Para diminuir as potenciais ameaças a esta espécie, será importante condicionar o acesso aos habitats mais sensíveis, controlar o estacionamento, a pernoita e circulação indevida de veículos e também ordenar os trilhos e caminhos de terra, promovendo circuitos com percursos pedestres sinalizados. É urgente a ampliação da rede de espaços protegidos e a realização de mais estudos em particular para as espécies mais vulneráveis, como é o caso desta abelha.
CURIOSIDADES
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