Nome comum | Águia-imperial-íbérica
Nome científico | Aquila adalberti
Estatuto de conservação a nível global | Vulnerável (VU)
Estatuto de conservação em Portugal | Criticamente em Perigo (CR)
Descrição
Exclusiva da Península Ibérica, a águia-imperial-ibérica é uma das aves de rapina mais ameaçadas da Europa e está entre as mais raras do mundo.
Esta águia de grande porte pode atingir 2,20m de envergadura, 85cm de comprimento e entre 2,5 e 5kg de peso, sendo as fêmeas um pouco maiores que os machos.
Possui um bico e garras extremamente fortes e aguçados, e plumagens bastante distintas ao longo dos primeiros anos de vida. Os adultos são identificáveis pela sua cor castanho-escuro quase negro com um bordo branco que delimita as asas a partir dos ombros, e pela cauda cinzenta com uma barra terminal larga de cor preta.
Sofreu um grande declínio histórico que culminou com o desaparecimento da população reprodutora em Portugal entre finais da década de 1970 e inícios da década de 1980. Apenas em 2003 se voltou a confirmar um casal nidificante na região do Tejo Internacional.
Desde então, tem vindo a colonizar lentamente o território nacional, apresentando o estatuto de conservação de “Criticamente em Perigo”.
Predadores de topo e fortemente territoriais, os casais defendem os seus territórios de potenciais competidores, realizando voos picados e emitindo fortes vocalizações. A sua vocalização é idêntica a latidos (“owk-owk-owk”), muito semelhante à do corvo.
Habitat
Em Portugal, o habitat desta espécie é essencialmente constituído por montados e matagal mediterrânico intercalados com áreas abertas de cerealicultura extensiva e pastagens. A presença de alimento abundante, nomeadamente coelho-bravo, é um requisito essencial para a presença da espécie.
Distribuição
Sobretudo no Tejo Internacional e no Alentejo
Reprodução
O período reprodutor estende-se entre janeiro e agosto. Por ano, cada casal tem apenas uma postura, que pode ter entre 1 e 4 ovos, embora possam fazer posturas de reposição.
Longevidade
A espécie tem uma esperança média de vida de 16 anos, podendo viver até aos 33 em estado selvagem e aos 40 em cativeiro.
Dieta
A presença de coelho-bravo é um requisito essencial para a presença de águia-imperial, podendo representar cerca de 60% do total da sua alimentação. Fazem parte da sua dieta muitas outras espécies de vertebrados, como a lebre, a perdiz, os pombos, os corvídeos e outras aves, mamíferos de pequeno e médio porte e ainda répteis (sardões e cobras).
Ameaças
A reduzida dimensão da população de águia-imperial-ibérica em Portugal faz com que quaisquer fatores de ameaça sobre a espécie tenham um elevado impacte e limitem a sua expansão demográfica.
As ameaças mais importantes para a espécie são a eletrocussão em linhas de transporte de energia elétrica, o uso ilegal de venenos, o abate a tiro, a perda e degradação de habitat, a escassez de alimento, nomeadamente o declínio das populações de coelho-bravo, e a perturbação nas áreas de nidificação.
Curiosidades
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