A LPN subscreve a declaração “para uma recuperação verde da agricultura da União Europeia”, uma iniciativa de diversas organizações europeias da sociedade civil.
A declaração conta já com cerca de 200 assinaturas de decisores políticos, empresas, cientistas, agricultores e ONG.
Esta declaração tem o propósito de reunir as partes interessadas dos setores público e privado em torno de uma 'Recuperação Verde' para a agricultura, apoiando as metas das estratégias do Prado ao Prato e da Biodiversidade como um roteiro para a tão necessária transição da Política Agrícola Comum (PAC) para a sustentabilidade.
A LPN, juntamente com outras organizações nacionais e internacionais, tem vindo a apelar a esta reforma da PAC e das restantes políticas da União Europeia (UE), que sabemos ser indispensável para assegurar um futuro saudável para todos e que esperamos a sociedade Portuguesa subscreva também.
Apoie esta iniciativa e assine a declaração aqui!
Mais informações em www.risefoundation.eu
#GreenRecovery
Fotografia de Rui Cunha
Recuperação Verde da Agricultura da União Europeia
A transição para um sistema agrícola resiliente, ecologicamente correto e próximo da natureza
A pandemia de Covid19 desestabilizou profundamente as sociedades em todo o mundo e somos profundamente solidários com aqueles que foram mais afetados pelos seus impactos. As raízes da pandemia estão intimamente ligadas às da crise do clima e da biodiversidade: A nossa atual exploração insustentável da natureza e dos recursos da Terra.
A Covid19 é um alerta para o custo - especialmente para as gerações futuras e aqueles mais vulneráveis da nossa sociedade - do nosso relacionamento disfuncional com o próprio planeta do qual dependemos para a nossa existência. Se não agirmos agora para resolver as causas que estão na sua base, essas crises só crescerão e os seus impactos serão mais devastadores e onerosos. A geração jovem já irá pagar pelas medidas de resgate económico da Covid19, não podemos também pedir-lhes que suportem os custos financeiros e humanos de não conseguir evitar a crise ecológica quando ainda era tempo e quando nos pediram para o fazer.
Devemos ouvir a ciência e fazer a transição para sociedades resilientes que operam no nosso ecossistema e dentro dos limites do planeta. A nossa dependência de ecossistemas saudáveis aplica-se a todos os setores, e não menos ao setor agrícola.
Os cientistas da UE dizem-nos que os nossos sistemas alimentares atuais são insustentáveis. Tanto a produção como o consumo insustentáveis na Europa estão a minar os próprios recursos e ecossistemas de que dependemos para produzir alimentos.
Precisamos de ajudar os agricultores a fazerem a transição para sistemas agrícolas baseados na natureza, muito mais diversos, que sejam resilientes a choques futuros e garantam a capacidade do futuro agricultor de cultivar. Precisamos também de garantir que o consumo seja coerente com essas mudanças e contribua para elas.
Como tal, apoiamos as metas da Estratégia do Prado ao Prato e da Estratégia da Biodiversidade que colocam a Europa no caminho da transição ecológica dos sistemas alimentares europeus. Estas podem ir mais longe, e os responsáveis por implementá-las e aqueles por elas impactados devem ter todo o apoio nesse caminho.
Há necessidade de investimentos e políticas futuras, tanto públicas como privadas, voltadas para priorizar o “reinício” da natureza e construir essa visão. O investimento público, tanto na Próxima Geração da União Europeia, mas também no renovado orçamento a longo prazo da UE, deve centrar-se na construção da resiliência ecológica de que necessitamos para suportar choques futuros e produzir alimentos a longo prazo.
Sob esta perspectiva, a atual reforma dos subsídios agrícolas da União Europeia (a Política Agrícola Comum), e os gastos de recuperação agrícola, deverão ser direcionados à implementação dos princípios do Pacto Ecológico Europeu e das suas estratégias associadas, a fim de ajudar na transição dos agricultores para um modelo de sustentabilidade a longo prazo.
Estamos empenhados em unir forças e trabalhar conjuntamente para promover práticas agroecológicas na Europa e ajudar os agricultores nesta transição, construindo um modelo mais resiliente que contribua para prevenir - mas também para melhor suportar - futuros choques ecológicos ou de outro tipo.
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